A Manhã do Mundo

Mesmo correndo o risco de me tornar repetitiva, não posso deixar de referir novamente o facto de, com este projecto, conhecer talentosos autores portugueses.
Confesso que não conhecia Pedro Guilherme-Moreira e agradeço a sugestão a uma leitora do Histórias Transmitidas.
A Manhã do Mundo revive o 11 de Setembro de uma forma fantástica, centrada nas pessoas que o viveram. Com imensas referências e comparações ao Holocausto, o autor descreve-nos a manhã que mudou o mundo de uma forma realista, quase como se nos transportasse para dentro das torres.
Não me vou alongar mais na descrição, mas garanto-vos que, o difícil é conseguir parar de ler.
Amanhã publicarei a entrevista que fiz a este escritor.



Ficha Técnica
Título - A Manhã do Mundo
Autor - Pedro Guilherme-Moreira
Editora - Dom Quixote
ISBN - 9789722045193
Género - Romance
Sinopse - No dia 12 de Setembro de 2001, Ayda encontrou-se com Teresa num café de Allentown e, com o jornal aberto sobre a mesa, foi implacável com os que tinham saltado das Torres Gémeas, chamando-lhes cobardes; mas não disse à amiga que, na verdade, o que sentia era outra coisa, uma grande frustração por o marido e o filho a terem abandonado e rumado a Nova Iorque num momento em que ela se recusava a tomar a medicação e lhes tornava a vida um Inferno - e de não ter coragem de fazer o que esses tinham feito.
Entre os que saltaram, estavam Thea, Millard, Mark, Alice e Solomon - todos personagens fascinantes, com histórias de vida simultaneamente banais e extraordinárias -, que o acaso reuniu no 106.º piso da Torre Norte do World Trade Center naquela fatídica manhã. Se Ayda, por hipótese, conhecesse essas histórias e o drama que eles enfrentaram, decerto não os teria insultado tão levianamente. Mas poderá o destino dar-lhe uma oportunidade de rever a História?
Este é um romance admirável sobre o medo e a coragem, o desespero e a lucidez, a culpa e a expiação; mas é também um livro sobre Einstein e os universos paralelos, sobre o que foi e o que podia não ter sido. No décimo aniversário do 11 de Setembro, a memória não basta, é preciso combater o esquecimento indo para junto dos heróis que viveram o horror e compreender cada um dos seus actos - se necessário, saltar com eles, conhecer aquela que foi a manhã do Mundo.

Sem comentários: