Entrevista a Luís Marques

Esta Semana entrevistei Luís Marques, autor de "Os Doze Melhores", a quem agradeço a disponibilidade para responder às minhas perguntas.

HT: Vamos começar com aquela pergunta que já é habitual nas nossas entrevistas: Como é que surgiu o gosto pela escrita?
Luís Marques: O meu gosto pela escrita surgiu bem cedo, talvez a partir dos 7 ou 8 anos de idade. Posso dizer-lhe, que as minhas redações na escola primária (guardo-as religiosamente) espelham ainda ao fim de todos estes anos, a minha forma de contar uma história. Não só levava a nota máxima, como ainda tinha que fazer um desenho. Por exemplo, se fazíamos uma visita ao zoo ou tínhamos que escrever sobre as nossas férias, eu arranjava sempre forma de narrar a mesma, mas de forma diferente. O mais difícil era mesmo fazer o desenho no final da redação… por isso, muitas vezes fui obrigado a alterar o texto, para poder desenhar minimamente e ilustrar o que escrevia. Depois fui evoluindo naturalmente para outras “histórias” que não passavam de uma folha A4, nada de importante. Felizmente, a criatividade de criança nunca me abandonou e espero que assim continue.

HT: Acha o processo de edição de um livro fácil ou complicado?
Luís Marques: Sinceramente não lhe consigo responder de forma tão taxativa. Até ao momento na Chiado Editora tenho encontrado um grupo de pessoas que me tem ajudado e facilitado nesse processo, e eu também trabalho no sentido de que a obra chegue nas melhores condições possíveis. Por este aspeto tem sido fácil. No entanto, existe sempre uma componente na fase de edição (a revisão) que para mim é um autêntico martírio. Isto porque, após uma leitura… e outra… e outra, vou fazendo pequenas alterações e correções tornando o processo mais cansativo e demorado. Depois existe sempre aquela ansiedade adicional de vermos a nossa obra “ganhar corpo” nesse objeto tão fantástico que é um livro. Depois de tudo terminado, para mim, começa verdadeiramente a fase mais difícil - um vazio enorme, que só começa a ser preenchido gradualmente por um novo trabalho, uma nova história…

HT: Para quem, como eu, ainda não leu os seus livros, quer falar-nos um bocadinho sobre a história?
Luís Marques: Começo desde já por esclarecer os leitores que, o facto da minha obra “Os Doze Melhores” ter dois volumes, não é por uma questão de marketing ou vendas, mas simplesmente porque em determinado momento, perguntei a mim mesmo – eras capaz de ler uma história com mais de oitocentas páginas num único volume? 
Os Doze melhores são inspirados numa lenda e numa descoberta fantástica que é feita em trabalhos arqueológicos em Alter do Chão no Alto Alentejo. Depois, a tudo isto junta-se uma pintura enigmática, situada na Casa Museu Palácio do Álamo, um assassinato inédito em Portugal, também ocorrido em Alter do Chão, que vai levar os personagens - Cristina e Guilherme -,numa verdadeira aventura pela Amazônia e pela sua homónima Alter do Chão no Brasil. Tudo isto para encontrarem um manuscrito há muito perdido e escondido, por uma organização secreta e poderosa, formada há séculos e que continua a existir na atualidade, e é formada tal como a lenda, por doze homens bons. O manuscrito revelará um dos maiores e mais desejados segredos da humanidade. Esta aventura irá para sempre, mudar as suas vidas e a da pacata vila de Alter do Chão. Se no primeiro volume, que foi editado em 2013, toda esta história tem o seu início, o segundo volume (lançado recentemente) fecha definitivamente a trama e faz uma revelação, como direi… verdadeiramente chocante! Quero ainda referir, que todos os locais referidos no primeiro e segundo volume da obra são reais e estão à vossa espera para que os possam descobrir.

HT: Presumo que goste de ler. Se sim, quais são as suas referências literárias?
Luís Marques: Naturalmente não concebo a minha existência sem livros e leituras. Pela minha formação académica, tive que ler muitos, bons e variados autores. Desde os clássicos ao mais moderno. Vou lendo de tudo um pouco, de acordo com a minha disposição mental e de acordo com a investigação que faço sempre para o meu trabalho seguinte. Naturalmente tenho algumas referências como: Eça de Queiroz, Afrânio Peixoto e mais recentemente Dan Brown (estilo com o qual me comparam), mas infelizmente ainda não tive a mesma sorte que ele – haver alguém importante que diga: não leiam!

HT: Para finalizar, outra pergunta habitual: já pensa num novo livro?
Luís Marques: Para ser coerente com o meu sentimento de vazio, depois de escrever um livro, outro terá que surgir… sim, já estou a trabalhar no próximo!

Podem ficar a conhecer um pouco mais deste autor e da sua obra, através dos seguintes links:

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